segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Elasticidade

O que é Elasticidade?


   Após analisar os conceitos de oferta e demanda em mercados competitivos na aula 2 e suas implicações na aula 3, passamos a um outro conceito da microeconomia, o da elasticidade.

  À medida que observamos o comportamento dos consumidores e dos produtores diante da demanda e da oferta, considerando os preços e as quantidades dos bens e serviços comercializados, podemos constatar que a comercialização de alguns bens os caracteriza como mais sensíveis a variações do preço de mercado.

  Nessas situações podemos identificar a relevância do conceito de elasticidade para os profissionais da área de negócios em geral, não apenas economistas.


A Elasticidade – Preço da Demanda: conceito e determinantes


    A lei geral da demanda descreve a relação inversa entre o preço de mercado dos bens e a quantidade demandada. A elasticidade – preço da demanda mede a intensidade da variação da quantidade demandada de um bem diante da variação do seu preço
.
  Os determinantes do grau de elasticidade de um bem são as preferências do consumidor, determinadas por várias forças econômicas, sociais e psicológicas que definem os desejos individuais. Podemos apontar alguns fatores determinantes da elasticidade – preço da demanda:


      Esta escala resulta no seguinte grafico:



     Suponhamos que um aumento de 30% no preço das entradas de cinema provoque uma queda de 50% na demanda de ingresso pelos freqüentadores. Diante dessas variações, calculamos a elasticidade – preço da demanda como:


     O resultado do coeficiente de elasticidade 1,66 obtido implica que a variação na quantidade demandada é 1,66 vez maior do que a variação do preço.


1. Demanda Elástica (Ed > 1)



     Quando o resultado do coeficiente de elasticidade da demanda é maior que 1,


significa que uma mudança em termos percentuais do preço do bem provoca uma mudança em termos percentuais na quantidade demandada maior que a mudança de preço.

     Por exemplo, suponhamos que o preço do iogurte tenha diminuído 10%, provocando uma elevação de 40% na quantidade demandada. Podemos calcular o coeficiente de elasticidade-preço como:


que, para este exemplo, resulta em


    O resultado indica que o produto tem grande sensibilidade a variações do preço, já que a relação da variação percentual da quantidade demandada é quatro vezes maior que a variação percentual do preço que a ocasionou.

    Então, quando temos o coeficiente de elasticidade da demanda Ed > 1, consideramos o bem com demanda elástica.


2. Demanda Inelástica (Ed < 1)


    Quando o resultado do coeficiente de elasticidade da demanda é menor que 1,


significa que uma mudança em termos percentuais do preço do bem provoca uma mudança em termos percentuais na quantidade demandada menor que a mudança de preço.

    Por exemplo, suponhamos que o preço do arroz tenha diminuído 10%, provocando uma elevação de 5% na quantidade demandada. Podemos calcular o coeficiente de elasticidade-preço como:


que, para este exemplo, resulta em


    O resultado indica que o produto tem pouca sensibilidade a variações do preço, uma vez que a relação da variação percentual da quantidade demandada é menor que a variação percentual do preço que a ocasionou.

    Então, quando temos o coeficiente de elasticidade da demanda Ed < 1, consideramos o bem com demanda inelástica.


3. Demanda com Elasticidade Unitária (Ed =1)


Quando o coeficiente de elasticidade da demanda é igual a 1,


significa que uma mudança em termos percentuais do preço do bem provoca uma mudança em termos percentuais na quantidade demandada igual à mudança de preço.

    Por exemplo, suponhamos que o preço de um produto tenha diminuído 10%, provocando uma elevação de 10% na quantidade demandada. Podemos calcular o coeficiente de elasticidade-preço como:


que, para este exemplo, resulta em


    O resultado indica que a variação percentual da quantidade é igual à variação percentual do preço que a ocasionou.


3. A Elasticidade – Preço da Oferta: conceito e determinantes



    Podemos também aplicar o conceito de elasticidade na resposta da variação da quantidade ofertada à variação do preço de um bem. Ou seja, a elasticidade – preço da oferta é a medida da sensibilidade da quantidade ofertada em resposta a mudanças de preço do bem.


onde:

Eo = coeficiente de elasticidade-preço da oferta
Qo = quantidade ofertada
P = preço
%Qo = variação nas quantidades ofertadas
%P = variação nos preços de venda



Classificação da Elasticidade - Perço da Oferta



    Observe que o coeficiente de elasticidade da oferta (Eo) é calculado como o coeficiente de elasticidade da demanda. As curvas de oferta resultantes, que você observará abaixo, têm a inclinação conforme o grau de elasticidade.

    Assim, se o bem é mais elástico, a curva é mais horizontalmente inclinada, o que significa que, alterando-se um pouco o preço (eixo y), altera-se muito a quantidade ofertada (eixo x). Esses bens são supérfluos.

    A mesma observação pode ser feita para os bens com oferta inelástica: a curva de oferta é mais inclinada para a vertical, o que significa que a alteração do preço não tem impacto significativo sobre a variação da quantidade ofertada. Esses bens são essenciais.


1. Oferta Elástica (Eo > 1)


Quando o resultado do coeficiente de elasticidade da oferta é maior que 1,

significa que uma mudança em termos percentuais do preço do bem provoca uma mudança em termos percentuais na quantidade ofertada maior que a mudança de preço.


2. Oferta Inelástica (Eo < 1)


Quando o resultado do coeficiente de elasticidade da oferta é menor que 1,


significa que uma mudança em termos percentuais do preço do bem provoca uma mudança em termos percentuais na quantidade ofertada menor que a mudança de preço.


3. Oferta com Elasticidade Unitária (Eo =1)


Quando o coeficiente de elasticidade da oferta é igual a 1,





Video Aula:

Parte 1:

Parte 2:






segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Equilíbrio de Mercado

Equilíbrio de Mercado

     Apresentação do conceito de Equilíbrio de Mercado no âmbito das Ciências Econômica. Representação gráfica do Equilíbrio de Mercado.

Conceito de Equilíbrio de Mercado

     O equilíbrio de mercado é uma situação de mercado em que o preço e a quantidade do bem desejada pela procura e pela oferta se igualam. O preço que se verifica numa situação de equilíbrio de mercado é tal que a quantidade procurada do bem é exatamente igual à quantidade oferecida desse mesmo bem. Diz-se, por isso que estamos perante uma quantidade e um preço de equilíbrio. O termo “equilíbrio” é utilizado porque numa situação como a descrita não existem quaisquer incentivos para aumentar o descer o preço desde que todas as restantes determinantes da oferta e todas as restantes determinantes da procura se mantenham constantes. Por outro lado, numa situação de não equilíbrio de mercado, existem incentivos para que o mercado tenda para esse equilíbrio: por exemplo, se estivermos perante uma situação em que a quantidade procurada é superior à quantidade oferecida, o preço tem tendência a subir, de forma a que a quantidade procurada diminua e a quantidade oferecida aumente; se a quantidade procurada for inferior à quantidade oferecida acontece exatamente o inverso.

Representação Gráfica do Equilíbrio de Mercado

       Numa representação gráfica, o equilíbrio de mercado é dado pelo ponto em que a curva da procura e a curva da oferta se cruzam.


Video aula:



Curva da Oferta

Curva da Oferta

     A curva da oferta consiste na representação gráfica da função oferta a qual, por sua vez, é a expressão algébrica da relação entre o preço e a quantidade oferecida de determinado bem. Dado que esta relação é positiva, a curva da oferta tem, necessariamente, inclinação positiva, o que significa que quanto mais elevado for o preço do bem, maior será a quantidade que os produtores querem produzir e vender no mercado.
A lei da oferta, sob a hipótese ceteris paribus, pode ser representada graficamente. Para demonstrar tal representação, tomemos como exemplo a produção de refrigerante.

A tabela, a seguir, mostra quantas latas de refrigerante sua fábrica produz, mensalmente, dados os diferentes preços da lata de refrigerante.

A oferta da sua fábrica de refrigerante
Preço (por lata)Quantidade ofertada (milhões de latas/mês)
R$ 1,0010
R$ 1,5015
R$ 2,0020
R$ 2,5025
R$ 3,0030

Veja que, a um preço por lata de R$ 1,00, sua fábrica produz 10 milhões de latas/mês de refrigerante. Por outro lado, quando o preço por lata alcança a cifra de R$ 3,00, a quantidade ofertada de sua fábrica aumenta para 30 milhões de latas/mês. Os dados dessa tabela podem ser representados por um gráfico de linha, como abaixo.

No eixo vertical desse gráfico, medimos o preço do bem (lata de refrigerante) e, no eixo horizontal, a quantidade ofertada do bem (da sua fábrica em milhões de latas/mês). A linha inclinada para cima, que relaciona preço e quantidade ofertada, é chamada de curva de oferta.


Veja que, no gráfico, conforme nos movimentamos sobre a curva de oferta, a quantidade ofertada aumenta à medida que o preço aumenta (e vice-versa). Portanto, a curva de oferta é, simplesmente, uma representação gráfica da lei da oferta.

Demanda de Mercado

   Demanda de mercado
     Demanda significa a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir por um preço definido em um mercado. A demanda pode ser interpretada como procura, mas não necessariamente como consumo, uma vez que é possível querer e não consumir um bem ou serviço, por diversos motivos.

     A quantidade de um bem que os compradores desejam e podem comprar é chamada de quantidade demandada, e depende de diversas variáveis que influenciam a escolha do consumidor pela compra ou não de um bem ou serviço, como preço, preço dos outros bens substitutos, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo.
     Demanda é o desejo ou necessidade apoiados pela capacidade e intenção de compra, e ela somente ocorre se um consumidor tiver um desejo ou necessidade e se possuir condições financeiras para suprir sua necessidade ou desejo.


   A vertente qualitativa da demanda dos bens de consumo depende do meio social e é afetada pela publicidade, enquanto a vertente quantitativa depende mais do nível do rendimento dos consumidores.
     A demanda sempre influencia a oferta, ou seja, a demanda que determina o movimento da oferta. A demanda pode, muitas vezes, ser sazonal, ou seja, ela aumenta ou diminui de acordo com uma estação, com o momento da economia, com a renda da população etc.
    A lei da demanda indica que em condições normais em um mercado, a quantidade demandada é inversamente proporcional ao preço do bem em questão. Ou seja,  se um produto tem um preço baixo, provavelmente vai ter uma grande demanda.


     A lei da demanda, sob hipótese ceterius paribus pode ser representada graficamente. Para demonstrar tal representação, tomemos como exemplo a procura por refrigerante.

    A tabela, a seguir, mostra quantas latas de refrigerante o Sr. Coca Cola adquire, mensalmente, dados diferentes preços das latas.


 Veja que, a um preço por lata de R$ 1,00, o Sr. Coca-Cola compra 30 latas/mês de refrigerante. Por outro lado, quando o preço por lata alcança a cifra de R$ 3,00, a quantidade demandada do Sr. Coca-Cola cai para 10 latas/mês. Os dados dessa tabela podem ser representados por um gráfico de linha, como abaixo.

 No eixo vertical desse gráfico, medimos o preço do bem (lata de refrigerante) e, no eixo horizontal, a quantidade demandada do bem (do Sr. Coca-Cola em lata/mês). A linha inclinada para baixo, que relaciona preço e quantidade demandada, é chamada de curva de demanda.


    Veja que, no gráfico, conforme nos movimentamos sobre a curva de demanda, a quantidade demandada aumenta à medida que o preço diminui (e vice-versa).

  
 Tipos de Demanda:
       
·   Negativa: quando o bem em questão não agrada os possíveis consumidores, que podem mesmo rejeitar o bem ou produto. Isto muitas vezes acontece quando uma marca ou produto é envolvido em algum escândalo;

·  Inexistente: acontece quando o bem é desconhecido para o consumidor ou então não vê a utilidade em adquirir o bem;

·  Latente: ocorre no caso de se verificar uma determinada necessidade, mas apesar de existir uma demanda, não existe um bem capaz de satisfazê-la;

·  Declinante: é o caso de um produto que já teve uma alta demanda, mas que por algum motivo, ela está decrescendo;

·  Irregular: verifica-se quando um produto é sazonal, ou seja, é direcionado para uma ocasião específica do ano, e por isso a procura aumenta nessa altura;

·   Plena: é a demanda considerada ideal pela organização que vende um bem, significando que os objetivos de venda previstos foram alcançados;

·  Excessiva: quando a procura por um determinado bem ou produto excede a capacidade de resposta da empresa, não conseguindo satisfazer a todos.

Video Aula: